quinta-feira, 29 de maio de 2014

ACONTECIMENTOS GOSPEL 29/05/2014


SER CRENTE SEM SER CRISTÃO



Por Ruy Cavalcante

Tenho andado muito preocupado nos últimos anos, na verdade desde que iniciei minha graduação em teologia, 7 anos atrás. Sinceramente imaginei que encontraria por lá pessoas que, como eu, estavam preocupadas com a ortodoxia da Palavra de Deus, como o Evangelho salvífico de Cristo e com a sua simplicidade.

Mas não foi o que aconteceu. Com as devidas exceções (no mais amplo sentido desta palavra), o que encontrei foram pessoas interessadas nas mesmas fórmulas de crescimento explosivo de igrejas que tanto questiono (a foto é uma confissão de que eu já me embriaguei desta fonte um dia). Pessoas dispostas a continuar anunciando um evangelho genérico, pautado em riquezas corruptíveis, simbologias místicas, lideranças papais e carismáticas e expressões de adoração externas em detrimento de um coração transformado.

Todas as justificativas possíveis são utilizadas para que este evangelho seja anunciado pelos líderes antigos e iniciantes na “carreira”. Mesmo com bases bíblicas insustentáveis eles apelam para uma espiritualidade desligada da verdade, a fim de levar adiante esta semente “transgênica”.

O fato é que no decorrer dos anos e com a grande difusão deste falso evangelho, o povo cristão aos poucos está perdendo a essência de uma vida realmente cristã, esta conduzida pelos frutos e não pelos dons do Espírito. Aos poucos a avareza e a ganância têm tomado conta de nossos arraiais e os que antes eram servos agora desejam serem servidos. Continuamente a pureza e a santidade têm sido trocados pelo consumismo e imoralidade, pois o que determina a liderança de alguém não é mais o chamado de Deus, confirmado pela Igreja, mas as ofertas do indivíduo, seu poder de persuasão e, quando muito, a demonstração de uma super espiritualidade, que em geral, não ultrapassa o teto da mais humilde congregação.

O povo, por falta de exemplos a seguir, acaba disseminando estes conceitos, criando um círculo vicioso maligno, mas que é defendido como se fosse a última instância da revelação bíblica.

A principal característica dos líderes e igrejas que vivem esse evangelho falso é a falta de doutrinação bíblica em suas comunidades. Quando se ensina a bíblia nestes locais os estudos são temáticos, fundamentados nos interesses da liderança, geralmente baseados na teologia do medo. São exaustivos estudos sobre maldição, dízimos e ofertas, castigos divinos, respeito cego aos profetas, dentre outros. Não se estuda sobre o amor e a Graça de Deus, sobre a obra de Cristo na vida do cristão, sobre os frutos do Espírito e a conduta cristã, sobre a necessidade de arrependimento, sobre humildade, serviço e, principalmente, sobre a Soberania divina.

Isso não é cristianismo. Isso não é ser cristão.

Ser cristão é andar irrepreensivelmente e amar a justiça, é falar a verdade mesmo que isso te cause algum dano, é ser humilde e considerar os outros superiores a si mesmo, é produzir frutos dignos, que demonstrem arrependimento. Ser cristão é andar com Deus, viver por Ele, amá-lo acima de todas as coisas. É adorá-lo com sua vida e testemunho e não somente com seus lábios. Ser cristão é servir e não buscar ser servido.

O verdadeiro cristão é nascido de novo e, mesmo pecando, odeia o pecado. Ele tem o coração transformado, inclinado para as coisas de Deus. O cristão genuíno ama aos outros da forma como Cristo amou, sem o requisito do merecimento. Este indivíduo restaurado sofre perseguição por amor de Cristo, e enfrenta a espada se for preciso. Ele sofre angustia, dor, ele perde, é enganado, fica doente, mas sabe que no fim será glorificado.

Ser cristão é negar a si mesmo em favor dos outros.

Como bem disse Paul Washer, isso não é poesia, isso é o evangelho genuíno de Jesus Cristo. Não há vitória maior que a vida eterna, e muitos estão abandonando esta por uma vida de sucesso, de riquezas, de prosperidade material e não espiritual, e o que é pior, por uma vida de promiscuidade, acreditando que por um dia haverem levantado as mãos e declarado “eu te aceito Jesus” estão com a marca da promessa de vida eterna.

Por favor, não se enganem nem se deixem enganar meus queridos irmãos. Não há vida eterna sem santidade, sem renúncia, sem amor e sem perdão. Aceitar a Cristo não é declarar isto publicamente, pois nem todo que diz “senhor, senhor” será salvo. Nós é que somos aceitos por Ele, e se o seu coração ainda não foi transformado, peça que Ele o faça, pois sem isso você jamais o verá, mesmo que seu celeiro esteja abarrotado de bens.

Que Deus tenha misericórdia de nós.

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Ruy Cavalcante é editor do Blog Intervalo Cristão e colaborador do Púlpito Cristão.

MALAFAIA EXIBE MERCEDES E500, ANEL DE 4 MIL DÓLARES, E CHAMA OS TELESPECTADORES DE MANÉS!


Por Ricardo Alexandre
Título Original: Malafaia e C.S. Lewis

No Facebook, sou alertado pelo Livan Chiroma a respeito do programa de Silas Malafaia do último sábado, 20 de abril. Entre bravatas, “desafios a toda a nação” autopropagandas, televendas de todo tipo, aplausos da plateia para qualquer espirro mais “ungido”, e vários malafaias sendo vendidos em diversos ramos do entretenimento gospel, há o que parece ser um encontro de líderes da Associação Vitória em Cristo. Alguns trechos do sermão:

“Hoje eu levo minha família toda (a hotéis quatro estrelas) e não tô nem aí. Não tô roubando. Não tô nem aí pra você, ô mané, que tá me assistindo (…) Eu não vou deixar de usufruir do lugar vitória porque eu sei o preço que eu paguei e que eu tenho pago”. “Aqui tem três mil pessoas que o hotel e a pensão completa é bancada pelo meu ministério. Quer falar, fale”. “Você quer saber o valor do meu anel? Quatro mil dólares. Com meu dinheiro”. “Tá vendo o Mercedes e500, blindado na Alemanha? Foi um parceiro meu que me deu de presente de aniversário”.

Longe de mim confrontar o célebre comunicador gospel, até porque os que assim o fazem são definidos por ele como “ímpios travestidos de crente”, e não quero essa pecha. Só faria um parêntese para recomendar esse estudo do pastor americano Mark Driscoll a respeito de mordomia cristã. O conceito de “mordomia”, basicamente, defende que o que temos não é nosso – é de Deus, que nos incumbiu de administrar, não para o nosso usufruto, mas de acordo com os interesses do reino dele.

Mas longe de mim dizer que o Malafaia está completamente fora de 2 mil anos de teologia cristã.

Malafaia dispensa opiniões, e seus seguidores parecem ser imunes a elas. Assim, para não desperdiçar meu tempo nem o seu, o que queria é contar uma história a respeito de Clives Staples Lewis (1898/1963) que me veio à mente assistindo aquele espetáculo religioso-televisivo. Lewis, como se sabe, é considerado o maior pensador cristão do século 20, professor da universidade de Oxford, colega de JRR Tolkien, autor da saga Crônicas de Nárnia e de um dos maiores best-sellers de todos os tempos, Cristianismo Puro e Simples.

No livro póstumo Letters to american Lady, de 1967, há uma troca de cartas entre Lewis e uma mulher americana a quem o escritor tentava ajudar financeiramente. Depois de muito insistir, e depois de conseguir achar meios tributários de enviar o dinheiro, finalmente, a mulher aceitou a ajuda, dizendo: “Bem, eu vou aceitar então, e muito obrigada. Não me admira que Deus tenha te abençoado tanto lhe dando tanto dinheiro.”

Lewis não se conteve e respondeu à mulher: “Cuidado com os seus pensamentos em relação a isso. Em nenhum lugar no meu novo testamento eu vejo o dinheiro descrito como uma bênção. Na verdade, Jesus diz algo completamente diferente. Ele fala sobre o engano das riquezas (“mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera”, Marcos 4.19). Cristo diz que é quase impossível para um homem rico entrar no reino dos céus (“E, outra vez, vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus”, Mateus 19.24). O que você chama de bênção, tem um poder muito maior para destruir. Na verdade, eu preciso te dar este dinheiro, ou ele provavelmente me destruiria. Não olhe para homens com recursos vendo nisso a prova de serem abençoados. Provavelmente, isso é a marca de sua maldição eterna.”

Agradeço ao Senhor porque, se há Silas Malafaia, há também C.S. Lewis, e as trevas de um não conseguem ofuscar o brilho de outro. Pelo contrário, só o reforçam. Como dizia São Francisco de Assis, um único raio de sol já basta para afastar muitas sombras.

Que eu tenha olhos bons para olhar para os exemplos que podem iluminar meu caminho e o caminho dos que estão à minha volta


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Blog do Ricardo Alexandre

JOANA HAVELANGE: COPA DO MUNDO, O QUE TINHA QUE SER ROUBADO JÁ FOI


Por Renato Vargens

A Copa do Mundo no Brasil está muito longe de ser a Copa das copas como defende a presidente Dilma Rousseff. Muito pelo contrário, o Brasil passará vergonha diante do mundo que perplexo assistirá a roubalheira que foi instalada no país. 

Para piorar a situação, a diretora do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo, Joana Havelange, neta de João Havelange e filha de Ricardo Teixeira, compartilhou em seu Instagran uma nota em que afirmava que o tinha para ser roubado na Copa já foi e que a hora é de apoiá-la.

Como é que é? Foi isso mesmo que li, pensei com os meus botões ao ler a coluna do Juca Kfouri no portal UOL. O que tinha que ser roubado já foi, por isso deixemos de lado o mimimi e apoiemos a safadeza? 
Caro leitor, eu tenho nojo dessa pouca vergonha tupiniquim, sinto asco dos politicos que roubando o país tiram do povo melhores condições de vida. 
Pois é, falta-me palavras diante tamanha sandice. Quanto a mim, como já disse anteriormente neste BLOG, (leia aqui) sigo firme em não torcer pela seleção brasileira nessa copa. 
Ficou escandalizado? Me desculpe é isso mesmo que farei! Não torcerei pelo scratch brasileiro. Cansei dessa política de pão e circo! Quero um país digno, decente e comprometido com a ética, com a decência do seu povo.
É que penso, é o que digo.
Avante Azurra!
Renato Vargens

APRESENTADORA DO SUPER POP LUCIANA GIMENEZ E SUA SUPOSTA POSSESSÃO DEMONÍACA

Mentira, é um absurdo”, disse a apresentadora sobre os boatos de que tivesse sido “possuída” por algum espírito no programa de ontem
Luciana Gimenez no "Superpop"
Luciana Gimenez no “Superpop”
Beatriz Amendola, no UOL
Em repouso após ter sofrido um desmaio no “Superpop” ao vivo da última segunda-feira (26), Luciana Gimenez afirmou em entrevista ao UOL que o ocorrido serve como um aviso para ter mais cuidado com a saúde.
“Acho que puxei meu corpo além do que deveria”, afirmou a apresentadora nesta terça-feira. “Quando você está fazendo um programa ao vivo – e eu já tinha feito um outro gravado – você tem que estar bem, com a energia para cima, e minha energia talvez não estivesse. Aí acho que realmente tive um momento de cair dura, de passar mal, de pressão baixa. Não foi nada demais. Ou melhor, foi realmente um alerta de que eu tenho que prestar mais atenção à minha saúde”.
Luciana contou que, em virtude de uma gripe, já estava se sentindo mal antes do início do programa: “Eu estava me sentindo mal, com dor no corpo, mas eu tenho vários compromissos profissionais e sou dura na queda. Não dá para falar não para um monte de coisa, porque não tenho ninguém para fazer por mim. Talvez eu teria que falar mais não, mas como é que não vou fazer? Tem pessoas que dependem de mim, tem equipe me esperando. Não tem ninguém lá para apresentar o ‘Superpop’ no meu lugar. Não tem ninguém para ficar com meu filho no meu lugar”.
De acordo com a apresentadora, a queda de pressão e o desmaio vieram por conta de um acúmulo de compromissos. “Acho que ontem eu estava realmente muito cansada, estava bem gripada, estafada. Estou com um pouco de estafa, até profissional mesmo, porque estou me esforçando muito, eu gosto do que eu faço, faço muitas coisas ao mesmo tempo”, disse ela, acrescentando que também não para nos finais de semana por conta dos cuidados com os filhos, Lucas e Lorenzo.
“No fim de semana, faço questão de ficar com meus filhos. Tenho uma criança de três anos que é muito ativa, corre pra lá, corre pra cá, não dá para deixar a peteca cair. Aí no domingo, em vez de ficar em repouso, eu levei meu filho ao teatro. Juntou muita coisa”, afirmou.
A apresentadora ainda negou os rumores que surgiram na internet dizendo que ela tivesse sido “possuída” por algum espírito, já que o programa tinha como tema diferentes religiões. “Mentira. Se eu tivesse sido possuída, eu lembraria. Não sei, nunca fui possuída. É um absurdo”, concluiu. Ela ainda não sabe se voltará à rotina de gravações nesta terça-feira.
Post no Instagram que acirrou as especulações da ~possessão~:
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QUAL O PRINCIPAL PROBLEMA DA TEOLOGIA DA MISSÃO INTEGRAL?



Por Gutierres Fernandes Siqueira

A práxis. Isso mesmo. A Teologia da Missão Integral desenvolvida na América Latina é o um discurso longe da prática. É a teologia cuja assistência e visão vem de fora; é alheio. É a pobreza vista com olhar caridoso de cima para baixo. Eis o ponto que quero destacar: na Teologia da Missão Integral não há vivência real com os pobres. 

Não estou escrevendo que expoentes dessa teologia não façam trabalhos sociais, pois a questão não é exatamente essa. Mas é necessário entender que uma teologia dos pobres resumida ao assistencialismo é superficial. Uma teologia que realmente convivesse com os pobres entenderia a cosmovisão da periferia e não o que as ideologias e doutrinas sociais interpretam sobre o subúrbio. Assim, a TMI peca justamente por não conviver com os pobres. Ela vai aos pobres apenas com olhos de hermeneutas afetados pelas ciências sociais. 

Ora, viver entre os pobres não é trazer o olhar terceirizado da sociologia ideologizada. É realmente entender os anseios espirituais e materiais do desvalido. É mergulhar na visão de mundo da periferia. Não é aparecer na favela na campanha do agasalho, mas conviver intensamente com o favelado que pode ser, talvez, o faxineiro do prédio da faculdade. 

Talvez falte ao teólogo da Missão Integral uma boa conversa com o porteiro do prédio onde ele mora. Ou talvez com sua empregada. Ou quem sabe um bom bate-papo numa padaria do Largo Treze ou Itaim Paulista. Não, por favor, não ajudará em nada a entender o mais carente numa conversa com seu amigo de mestrado no Starbucks mais próximo. Não é uma ironia. O teólogo da Missão Integral conversa muito com os intérpretes da pobreza e esquecem de perguntar a opinião da "tia" da faxina. 

Com uma conversa dessas o teólogo da Missão Integral aprenderá muito sobre o pobre. Verá que o pobre valoriza a meritocracia, é empreendedor, não tolera a preguiça, detesta a impunidade, não olha o consumo como demoníaco, mas apenas como o primeiro estágio da ascensão social. E verá, também, que ao contrário dos ideólogos, o pobre não glamoriza a pobreza. Ele não quer o filho como rapper ou pagodeiro, mas como médico ou engenheiro. O pobre sonha com o fim da pobreza. Além disso, o morador da periferia não enxerga arte na arquitetura das casas sem reboco e, também, sonha com um bairro igual ou melhor do que os ambientes mais nobres da cidade. 

Qual o sonho do pobre? Deixar de ser pobre. Simples assim. Entretanto, há muitos teólogos da Missão Integral que olham o pobre como um objeto antropológico que deve ser inerte aos desejos do capital. Ou seja, uma simples conversa com a empregada- que provavelmente deve ser membro de alguma igreja pentecostal- abalaria muitas convicções desses expoentes. Não sabem de nada, inocentes! 


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Fonte: Blog Teologia Pentecostal. Divulgação: Púlpito Cristão

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